Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 2 de 2
Filter
Add filters








Year range
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(8): e00041423, 2023. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447801

ABSTRACT

Resumo: A vacinação tem papel relevante para conter os avanços da pandemia de COVID-19. No entanto, a hesitação vacinal com os imunizantes que agem contra o SARS-CoV-2 tem causado preocupação em âmbito global. Esta revisão de escopo tem como objetivo mapear a literatura científica sobre a hesitação vacinal contra a COVID-19 na América Latina e África sob uma perspectiva da Saúde Global, observando as particularidades do Sul Global e o uso de parâmetros validados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O relato da revisão segue as recomendações do protocolo PRISMA para Revisões de Escopo (PRISMA-ScR). O levantamento foi realizado nas bases de dados PubMed, Scopus, Web of Science e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), selecionando estudos publicados entre 1º de janeiro de 2020 e 22 de janeiro de 2022, os quais indicam que a hesitação vacinal contra a COVID-19 envolve fatores como o cenário político, a disseminação de desinformação, diferenças regionais referentes ao acesso à Internet, falta de acesso à informação, o histórico de resistência à vacinação, falta de informações sobre a doença e a vacina, preocupação com eventos adversos, eficácia e segurança dos imunizantes. Quanto ao uso dos referenciais conceituais e metodológicos da OMS sobre hesitação vacinal, poucos estudos (apenas 6 de 94) utilizam instrumentos de pesquisa baseado neles. Desta forma, a replicação de parâmetros conceituais e metodológicos elaborados por expertises do Norte Global em contextos do Sul Global tem sido criticada pela perspectiva da Saúde Global, em decorrência da possibilidade de não considerar as especificidades políticas e socioculturais, as diferentes nuances de hesitação vacinal e questões de acesso às vacinas.


Resumen: La vacunación tiene un papel relevante para frenar los avances de la pandemia de COVID-19. Sin embargo, la indecisión a las vacunas contra el SARS-CoV-2 ha causado preocupación a nivel global. Esta revisión de alcance tiene como objetivo mapear la literatura científica sobre la indecisión a las vacunas contra COVID-19 en América Latina y África desde una perspectiva de la Salud Global, observando las particularidades del Sur Global y el uso de parámetros validados por la Organización Mundial de la Salud (OMS). El informe de la revisión sigue las recomendaciones del protocolo PRISMA para Revisiones de Alcance (PRISMA-ScR). La encuesta se realizó en las bases de datos PubMed, Scopus, Web of Science e Biblioteca Virtual en Salud (BVS), seleccionando los estudios publicados entre 1º de enero de 2020 y 22 de enero de 2022. Los estudios seleccionados indican que la indecisión a las vacunas de COVID-19 involucra factores como el escenario político, la diseminación de desinformación, las diferencias regionales de cada territorio referente al acceso a Internet, la falta de acceso a la información, el historial de resistencia a la vacunación, la falta de informaciones sobre la enfermedad y la vacuna, la preocupación por los eventos adversos, la eficacia y la seguridad de los inmunizantes. En cuanto al uso de los referenciales conceptuales y metodológicos de la Organización Mundial de la Salud (OMS) sobre la indecisión a las vacunas, pocos estudios (6/94) utilizan instrumentos de investigación basados en esos referenciales. Así, la replicación de parámetros conceptuales y metodológicos elaborados por expertos del Norte Global en contextos del Sur Global ha sido criticada por la perspectiva de la Salud Global, por la posibilidad de no considerar las especificidades políticas y socioculturales, los diferentes matices de la indecisión a las vacunas y cuestiones de acceso a las vacunas.


Abstract: Vaccination has played an important role in the containment of COVID-19 pandemic advances. However, SARS-CoV-2 vaccine hesitancy has caused a global concern. This scoping review aims to map the scientific literature on COVID-19 vaccine hesitancy in Latin America and Africa from a Global Health perspective, observing the particularities of the Global South and using parameters validated by the World Health Organization (WHO). The review reporting observes the recommendations of the PRISMA for Scoping Reviews (PRISMA-ScR) model. Search was conducted in PubMed, Scopus, Web of Science, and Virtual Health Library (VHL) databases, selecting studies published from January 1, 2020 to January 22, 2022. Selected studies indicate that COVID-19 vaccine hesitancy involves factors such as political scenario, spread of misinformation, regional differences in each territory regarding Internet access, lack of access to information, history of vaccination resistance, lack of information about the disease and the vaccine, concern about adverse events, and vaccine efficacy and safety. Regarding the use of conceptual and methodology references from the WHO for vaccine hesitancy, few studies (6/94) use research instruments based on these references. Then, the replication in Global South of conceptual and methodological parameters developed by experts from the Global North contexts has been criticized from the perspective of Global Health because of it may not consider political and sociocultural particularities, the different nuances of vaccine hesitancy, and issues of access to vaccines.

2.
São Paulo; s.n; 2019. 118 p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1009193

ABSTRACT

Introdução: Em 2015, a infecção pelo zika começou a chamar a atenção de profissionais de saúde da região Nordeste. Apesar dos sintomas semelhantes aos da dengue, tratava-se de uma enfermidade que até então não estivera presente no território brasileiro. No segundo semestre de 2015, houve um aumento nos casos de microcefalia em recém-nascidos e com isso, pesquisadores descobriram que essa condição neurológica estava associada à infecção pelo referido vírus em gestantes. Desta forma, a gravidez em tempos de zika tornou-se uma preocupação para mulheres. Vivenciar uma gestação nestas condições poderia resultar em sofrimento mental para as mulheres, principalmente ao considerar que as áreas mais afetadas pela epidemia são marcadas por vulnerabilidades econômicas e sociais. Grupos e instituições que defendem o direito ao aborto nos casos de infecção pelo zika colocam seus argumentos em circulação na esfera pública, ao mesmo tempo em que atores com posicionamento contrário procuram defender seus discursos. Objetivos: Buscou-se mapear a controvérsia em torno do zika e a interrupção da gravidez para gestantes infectadas pelo vírus em dois jornais brasileiros, Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, envolvendo análise documental de notícias. Foram selecionados textos jornalísticos do período de novembro de 2015 a dezembro de 2017. Por meio da Teoria Ator-Rede de Latour, buscou-se mapear a controvérsia sobre o direito ao aborto para gestantes infectadas pelo zika, identificando os atores e os argumentos que a compõem, por meio da elaboração de categorias de análise. Resultados e discussão: Observou-se que os atores que se posicionaram diante do problema foram médicos, pesquisadores, representantes da esfera jurídica, representantes governamentais, movimentos sociais, organismos internacionais e grupos religiosos. Os argumentos favoráveis recorrentes foram a gravidade da microcefalia, negligência do Estado, sofrimento das mulheres atingidas pela epidemia, defesa da descriminalização do aborto. Enquanto que os argumentos contrários se concentraram na incerteza sobre a relação causal entre zika e microcefalia e o valor da vida humana. Além disso, a presença de vozes das mulheres afetadas pela epidemia foi menor em relação aos outros atores. Considerações finais: O debate sobre a relação entre o vírus e o direito ao aborto foi perdendo força após o ano de 2016, porém reacendeu o debate do aborto. O zika pode ser um objeto adequado para refletir como a comunidade médica e de pesquisadores constroem controvérsias nos veículos midiáticos, bem como outros atores envolvidos no tema, como movimentos sociais, grupos religiosos, representantes governamentais, jurídicos, organismos internacionais. No entanto, nos veículos de comunicação, há uma hegemonia do discurso científico, enquanto que as vozes das mulheres não ecoam neste meio


Introduction: In 2015, the zika infection began to catch the attention of health professionals in the Northeast region. Despite the symptoms similar to those of dengue, it was a disease that had not been present in Brazil until then. In the second half of 2015, there was an increase in the cases of microcephaly in newborns and with that, researchers found that this neurological condition was associated with the infection by said virus in pregnant women. In this way, pregnancy in times of zika has become a concern for women. Experiencing a pregnancy in these conditions could result in mental suffering for women, especially considering that the areas most affected by the epidemic are marked by economic and social vulnerabilities. Groups and institutions that defend the right to abortion in cases of zika infection place their arguments in the public sphere, while opposing actors try to defend their speeches. Objectives: We aimed to map the controversy around zika and the interruption of pregnancy to pregnant women infected by the virus in two Brazilian newspapers, Folha de S. Paulo and O Estado de S. Paulo. Methodology: This is a qualitative research, involving documentary analysis of news. Journalistic texts were selected from November 2015 to December 2017. Through the Latour Actor-Network Theory, we tried to map the controversy over the right to abortion for pregnant women infected with zika, identifying the actors and the arguments that the compose, through the elaboration categories of analysis. Results and discussion: It was observed that the actors who posed the problem were doctors, researchers, legal representatives, government representatives, social movements, international organizations and religious groups. Favorable arguments were the seriousness of microcephaly, neglect of the State, the suffering of women affected by the epidemic, and the defense of the decriminalization of abortion. While the opposing arguments focused on uncertainty about the causal relationship between zika and microcephaly and the value of human life. In addition, the voices of the women affected by the epidemic were lower than the other actors. Final Considerations: The debate over the relationship between the virus and the right to abortion was losing strength after 2016, but it rekindled the abortion debate. The zika can be an appropriate object to reflect how the medical community and researchers construct controversies in the media vehicles, as well as other actors involved in the theme, such as social movements, religious groups, government representatives, jurists, international organizations. However, in the media, there is a hegemony of scientific discourse, while the voices of women do not echo in media vehicles


Subject(s)
Humans , Female , Pregnancy , Abortion, Induced , Reproductive Rights , Zika Virus , Newspapers as Topic , Qualitative Research , Human Rights
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL